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AO QUE TEM CORAÇÃO E SABE O SEU SIGNIFICADO

por Keila, a Loba, em 28.05.06
O meu agradecimento à Melina pelo destaque em seu blog, que eu considero um dos mais criativos do mundo blogueiro. Obrigada, e parabéns pelo seu trabalho, querida!

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Eu acabei de receber um premio da GB, quando na verdade eu deveria
premiar o trabalho de uma equipe de profissionais da mais alta competência.
Do fundo do coração da Loba, MUITO OBRIGADA, AMIGOS. Saibam que esse premio
é muito estimulante para uma Loba abatida, e que precisou se ausentar da net
por motivos injustos e que me fizeram perder um pouco da leveza que eu
tinha. Mas Loba que se preza não se abate antes da última estrela se apagar,
não é mesmo? E sabendo que são pessoas como vocês que nos fazem crer no
agora e no amanhã, saibam que pode parecer bobagem, mas está sendo
extremamente gratificante receber de vocês e honrar tão importante
premiação.





Agradeço a amiga blogueira Cáritas Sousa, dos Meus Rabiscos, a gentileza e os lindos prêmios que a toca da Loba recebeu. Para ela, um Uiward e muitos Uivos de agradecimento!




Ao meu amigo Roberto "Guerreiro", dono de alma e desafios prá lá de nobres e heróicos, o sincero Uivo de agradecimento da Loba por tão importantes premiações. Obrigada, meu querido!

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O arquétipo do Curador é uma estrutura mítica universal, que todos os seres vivos têm dentro de si. Entre as culturas indígenas, esse símbolo apóia o princípio de prestar atenção ao que tem coração e significado. Os Curadores, nas maiores tradições, reconhecem que o poder do amor é a mais poderosa energia de cura de que o ser humano dispõe. O Curador efetivo, em qualquer cultura, é aquele que estende os braços do amor para praticar o reconhecimento, a aceitação, a consideração, o valor e a gratidão.


As pessoas de todo o mundo sempre demonstram umas às outras seu reconhecimento de quatro maneiras: reconhecemos mutuamente nossos talentos; nossas mútuas qualidades de caráter; nossas aparências recíprocas e o impacto que causamos uns sobre os outros. Quando o reconhecimento que recebemos é mínimo, isto pode nos trazer uma sensação de inadequação ou de pouca auto-estima. Os curadores de qualquer tradição são pessoas naturalmente capacitadas na arte de reconhecer. Estão plenamente convencidos de que o maior remorso é o amor que não se manifestou. Provavelmente, o mais poderoso exemplo contemporâneo de alguém que cura através do amor incondicional é Madre Teresa de Calcutá. Nas tradições xamânicas, ela seria chamada de Mulher do Remédio.

O CAMINHO DO CURADOR


. Direção: Norte

. Elemento: Terra

. Criatura: Criaturas de 4 pernas

. Recurso Humano: Amor

. Tipo de Meditação: Posição deitada

. Estilo de Vida: Correta comunicação

. Caminho Quádruplo: Estar atento

. Bálsamo de cura: Contar histórias

. Instrumento: Tambor

. Estação: Primavera


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AS QUATRO CÂMARAS DO CORAÇÃO


Muitas culturas nativas acreditam que o coração é a ponte que liga o Pai Céu à Mãe Terra. Para essas tradições, o coração de quatro câmaras, fonte de sustentação de nossa saúde emocional e espiritual, é definido como cheio, aberto, puro e forte. Essas tradições sentem que é importante conferir diariamente as condições desse coração de 4 câmaras, perguntando: "Estou com meu coração cheio, aberto, límpido e forte?".

Quando o coração não está cheio, nos aproximamos das pessoas e das situações só com a metade dele. O sentimento que experimentamos, como se devêssemos fazer algo que não queremos, é o terreno em que germina o coração pela metade. Sentir o coração só pela metade é sinal de que estamos em má posição.

.
Quando o coração não está aberto, transformamo-nos em pessoas de coração fechado. Ficar na defensiva, buscar abrigo em nossa própria resistência, proteger-nos contra a possibilidade de sermos feridos são seus sinais. A resposta é abrandar e reabrir o coração..

Quando o coração não está límpido, ficamos confusos e carregamos a dúvida dentro dele. É onde devemos parar e esperar. Os estados de ambivalência e indiferença são precursores da confusão e da dúvida. A passagem por qualquer um desses estados é um lembrete para aguardarmos a clareza, em vez da ação.

Quando nosso coração não está forte, falta-nos coragem de ser autênticos ou dizer o que é verdadeiro para nós mesmos. Força de coração é ter coragem de ser tudo o que somos em nossas vidas. A palavra "coragem" vem do termo francês coeur, que quer dizer coração e, etimologicamente, significa "a capacidade de defender nosso coração ou nossa essência". Quando exibimos coragem, demonstramos o poder recuperador de prestar atenção àquilo que tem coração e significado para nós.

OS 6 TIPOS DE AMOR UNIVERSAL

Manter a saúde de nosso coração de 4 câmaras nos permite explorar nossa natureza interior, bem como estarmos abertos aos 6 tipos de amor universal:
1. Amor entre companheiros e amantes
2. Amor entre pais e filhos
3. Amor entre colegas e amigos
4. Amor profissional, entre mestre e aluno, terapeuta e cliente, por exemplo
5. Amor por si mesmo
6. Amor incondicional ou espiritual

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OITO CONCEITOS DE CURA

Todos esses tipos de amor são portas para a cura. Quando nos abrimos a eles, nossa capacidade de manter um ponto de vista equilibrado sobre esse assunto aumenta. Jeanne Achterberg, em seu livro Woman as Healer, nos aponta os seguintes conceitos, que contribuem para o alcance desse equilíbrio:
1. A cura é a jornada de toda uma vida no sentido da inteireza;
2. Curar é lembrar o que foi esquecido sobre vínculo, unidade e interdependência, entre tudo que é vivente e não-vivente;
3. Curar é abrir os braços ao que é mais temido;
4. Curar é abrir o que estava fechado, suavizar o que endureceu em forma de obstrução;
5. Curar é penetrar no momento transcendente, atemporal, em que se experimenta o divino;
6. Curar é criatividade, paixão e amor;
7. Curar é buscar e expressar o ser em sua plenitude, sua luz e sua sombra, o masculino e o feminino;
8. Curar é aprender a confiar na vida.

Quando não desenvolvemos em nós qualquer um desses conceitos, encontramos fechada a porta para o amor e para a saúde.

O PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE

A cura envolve o princípio da Reciprocidade, a capacidade de igualmente dar e receber, e a capacidade de vincular-se. Os 8 conceitos de Achterberg revelam esse princípio em ação. Para mantermos nossa saúde e bem-estar necessitamos manter o equilíbrio entre crescer e receber, e reconhecer quando um dos pólos está mais desenvolvido que o outro. Curar a si e aos outros envolve práticas que cuidam e tratam da natureza interior e da natureza exterior, sem privilegiar ou minorizar condições.

FERRAMENTAS DE PODER DO CURADOR

As ferramentas que conferem força ao Curador são:

1. Os 4 bálsamos universais para a cura: Toda cultura apresenta suas formas de manutenção da saúde e bem-estar. Em todo o mundo, os Curadores reconhecem a importância de manter ou recuperar os quatro bálsamos universais de cura, que são contar histórias, o canto, a dança e o silêncio. Nas sociedades xamânicas, acredita-se que quando paramos de cantar e dançar, não mais nos sentimos encantados por histórias ou ficamos perturbados com o silêncio, estamos passando pela experiência da perda da alma, que abre as portas ao sofrimento e à doença. O Curador que tem o dom, restaura a alma com bálsamo de cura.

2. Sessão de jornada de tambor: Atender à nossa história é uma forma de dar atenção ao que tem coração e significado. O meio que o Curador tem de auscultar o coração é pela sessão de jornada, uma prática xamânica para dar acesso à informação guardada no "eu" divino ou sagrado, e implementada modernamente por Michael Harner e pela Fundação de Estudos Xamânicos. Na sessão de jornada, a tradição xamânica se entrega à sabedoria do coração, praticando a meditação em posição deitada, com acompanhamento de tambor, por aproximadamente 20 ou 30 minutos. O tambor é a imitação humana das batidas do coração. As sociedades xamânicas utilizam-se dele para facilitar o acesso à cura e sustentar a abertura do coração.

3. Meditação em posição deitada: A posição deitada é a postura de maior capacidade O organismo associa-se ao descanso e ao alimento que vêm do receber e dar amor. É a postura da rendição e da abertura. A postura deitada assumida na jornada é uma forma de colocar o corpo como "canoa de espírito" para abrir-se à orientação e receber a cura. Isso nos dá oportunidade de analisar as experiências positivas e desafiadoras que precisamos enfrentar. A postura deitada é utilizada em várias culturas como a melhor para receber a cura.

4. Saber acalentar: Algumas tradições xamânicas atendem à saúde e ao bem estar pela sessão de acalentar, uma prática composta de 4 partes, para estar em contato com os aspectos do bem, da verdade e da beleza de nossa própria natureza. Nessa técnica, deitamo-nos de costas e colocamos as mãos sobre o coração, mãos que simbolizam a cura. Em silêncio, reconhecemos as qualidades de caráter que apreciamos em nós, reconhecemos nossa força, as contribuições que fizemos e continuamos a fazer, e agradecemos pelo amor oferecido e recebido. Essa prática é levada a efeito três vezes ao dia, sendo uma realizada pela manhã, uma à tarde e uma à noite. A sessão de acalentar em diferentes períodos, nos recordam que somos criaturas suaves, fortes e sutis.

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A RELAÇÃO DO CURADOR COM A NATUREZA

Os povos nativos reconhecem que a ferramenta mais fortalecedora e de cura de que dispomos é nossa ligação com a natureza e com o mundo natural. Muitas culturas indígenas referem-se às árvores como "pessoas de remédio do reino das plantas", e as sociedades xamânicas ficam perturbadas quando grandes quantidades de árvores são arrancadas da terra e não replantadas. Os povos indígenas reconhecem que as árvores são essenciais à sobrevivência de todas as criaturas viventes, e assim as consideram como possuidoras de grande remédio. Transculturamente, plantam-se árvores nos nascimentos, casamentos, falecimentos e começos importantes.

Em muitas culturas, as árvores simbolizam a transformação, por sua capacidade de mudar, de estação a estação. Há tradições xamânicas que concebem derrubar a árvore após uma semana de rituais, em que se bate no caule dela para que o seu espírito saia antes da queda do vegetal.

Outras metáforas e símbolos naturais atribuídos ao caminho do Curador incluem a Mãe Natureza em sua totalidade. Tradicionalmente xamânica, a direção do Sul é associada com a mãe natureza, com o reino das plantas, o reino mineral e todas as criaturas de quatro patas. Essa direção, na roda medicinal, é aquela para a qual os povos nativos se voltam em busca das pessoas, rituais e cerimônias necessárias à sessão de cura.

O Sul é associado à primavera, assim, direção e estação são vistos como espaços de renovação, regeneração e manutenção da saúde para vários grupos indígenas. É esta a direção da manutenção da saúde do coração de quatro câmaras,lembrando-se do poder da cura que se encontra nos tipos universais de amor, e que conduzem a uma visão equilibrada de saúde. Nessa direção podemos curar nossos ferimentos e liberar os recursos humanos que se encontram aprisionados dentro dos aspectos sombra do arquétipo da cura.

ASPECTOS SOMBRA DO CURADOR

A CRIANÇA FERIDA DO SUL

Os aspectos negativos do Curador, ou da criança ferida do Sul, são:

1. Dependência de Intensidade: Acontecem em Curadores que têm baixa tolerância ao tédio. Nesse caso, o recurso humano não aplicado é a expressão do amor;

2. Dependência da Perfeição: O Curador que se considera perfeito não tolera o erro, enquanto o Curador sábio incorpora e aprende com o erro. O recurso humano não é aplicado é a expressão da excelência e do correto uso do poder;

3. Dependência da necessidade de saber: O Curador nessa condição negativa não tolera o acaso, sente necessidade de saber para controlar possíveis surpresas e acontecimentos inesperados. O recurso humano não aplicado é a expressão da sabedoria;

4. Dependência de apegar-se ao que não dá resultados: Em vez de dedicar-se aquilo que dá resultados, a criança ferida do Sul perde os poderes da intuição, discernimento, percepção e visionarização apegando-se ao que não lhe trará resultados práticos. O recurso humano não aplicado é a expressão da visão do mundo.

CONSTRUINDO A CURA INTERIOR E A CURA EXTERIOR
Questionário de auto-conhecimento

1. Quais são meus contos infantis preferidos? Quais são as histórias de minha infância que conto aos outros?

2. Que histórias conto a meu respeito quando faço novos relacionamentos? Quais são minhas estórias espirituais, familiares e de amor preferidas?

3. O que sei sobre o amor? Quais foram as pessoas que se tornaram mestres de meu coração?

4. Que bloqueios e obstáculos se antepõem às minhas manifestações de amor? Que bloqueios ou obstáculos se antepõem à minha capacidade de receber amor?

5. Onde e com quem sinto que o amor que ofereço tem receptividade? Quem é o catalisador de cura de minha existência?

6. Das 4 formas universais de reconhecimento, quais as que sempre tenho recebido? Quais as que quase nunca recebo?

7. Das 4 formas de dependência, com qual me identifico, e qual a que mais desenvolvi em mim?

8. Quais as condições de meu coração de 4 câmaras? Quando meu coração é mais pleno? Quando é mais límpido? Quando é mais aberto? Quando é mais forte?

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Angeles Arrien, O Caminho Quádruplo (Trilhando os caminhos do Guerreiro, do Mestre, do Curador e do Sábio). Editora Ágora, 1997







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