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ATÉ QUE O SEXO NOS SEPARE....

por Keila, a Loba, em 30.01.10

 

 

 

O Dharma fundamental do ser humano é aprender a amar; e sem compreender direito que o amor é a mais importante forma relacional de expressão, algumas vezes falamos inconsequentemente que amamos alguém sem ao menos perceber o poder e a importância da palavra AMOR. 

Há quem diga que é sábio perceber que o amor é um remédio, e que ninguém cura ninguém, e que ninguém se cura sozinho. Curamo-nos e somos curados no encontro. É através do encontro que ocorre a alquimia transformacional: o encontro com o próprio ser, com o outro, com a natureza, com o mistério inefável.

Por que não é fácil amar?

Por que alguns amam de forma tão agressiva?

Porque, para alguns, amar é sinônimo de violar condutas morais e sociais?

A sexualidade humana é definida como um conjunto de representações vivenciais, valores, regras, determinações, simbologias existenciais pessoais e coletivas que envolvem a questão da identidade sexual do homem e da mulher. Porém, relatos de comportamento sexual incomum existem desde a Antigüidade.

 

Na mitologia grega há casos de adultério, incesto e promiscuidade. Na Roma Antiga, rituais orgiásticos faziam parte do calendário religioso. Com o decorrer dos séculos, a percepção do sexo, "desviante" ou não, era determinada pela moral. Foi apenas no século 19 que desvios sexuais tornaram-se tema da medicina, deixando de ser uma "imoralidade" e passando a ser uma "doença".

 

FRASE DE DONATIEN-ALPHONSE-FRANÇOISE DE SADE, O MARQUÊS DE SADE, NA INTRODUÇÃO DE SEU LIVRO, “OS 120 DIAS DE SODOMA”.

“Amigo leitor, prepara teu coração e teu espírito para o relato mais impuro já feito desde que o mundo existe. Você está sendo convidado a mergulhar num mundo em que tudo é liberado: Incesto, homossexualismo, pedofilia, masoquismo, felação, necrofilia, orgias e demais violações das normas da sociedade. 

 Local: Castelo Silling

Data: 30 de outubro de 1784

Proposta: Durante 120 dias, 44 pessoas se entregarão aos mais secretos – ou nem tanto – deleites de quatro libertinos. Esqueça seus pudores, seus medos, seus questionamentos morais. Aqui não há  lugar para eles”.

 

Diante dessa “perplexidade literária e real”, pode ser bastante útil buscar inspiração sobre os pressupostos antropológicos do amor-infantil.

A primeira estação do amor, a infância, corresponde à grande Odisséia que é aprender a amar. O s gregos usavam uma palavra para este primeiro estágio, representado pelo bebê sugando o seio da mãe: Pornéia.  O amor da criança é o amor físico da fome, da sede, dos reflexos primitivos, sendo a forma de amor que permite a criança buscar a mãe para ver saciados seus instintos básicos e mais primitivos de sobrevivência. 

De Pornéia deriva a palavra pornografia, que é o amor do bebê que precisa mamar, comer, sugar o outro. O normótico se reduz a esse tipo de amor porque reage de forma instintiva tentando sugar, consumir o outro, exaurir o outro para encontrar-se.

O QUE É NORMAL E O QUE É ANORMAL,  EM SE TRATANDO DA SEXUALIDADE HUMANA?

Em 1905, Sigmund Freud publicou Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, que delineou uma teoria do desenvolvimento psicosexual com 3 fases distintas:

1-      O estágio oral (0 - 1,5 anos) onde sua principal região de prazer é a boca;

2-      O estágio anal (1,5 - 3,5 anos) quando região de prazer se desloca para o ânus;

3-      O estágio fálico (3,5 - 6 anos),  quando a criança se dá conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto. É a fase da masturbação.

 

A famosa frase, “Atrás de quatro paredes, vale tudo no sexo”, parece um convite que nos permite lembrar que nossas práticas sexuais podem remontar às fases da sexualidade infantil. Na atualidade, sexo sem os ditos “fetiches”, as “brincadeirinhas sexuais”, socialmente indicam que o casal não é criativo na cama. O tema é tão atrativo e atual que certamente você, leitor, já ouviu falar, ou até já foi convidado, a integrar um Curso de Artes Sensuais.

 

Na atualidade, para desfrutar de uma vida a dois prazerosa há de se incrementar o sexo usando artifícios incontáveis. O fato é que quase todas as "novidades" passam pelas práticas nada ortodoxas, motivo que nos leva a questionar a normalidade ou a anormalidade sexual nos tempos atuais.

 

Mas há um fato tão real quanto incômodo a pensar: grande parte dos nossos adolescentes creem que "farão amor" com seus parceiros da forma como o sexo é mostrado nas fitas pornográficas. E mais: a pornografia é vista como uma sala de aula; como um manual do que será preciso fazer para buscar e dar prazer.

 

O comportamento sexual humano é diversificado e determinado por uma combinação de vários fatores, tais como os relacionamentos do indivíduo com os outros, pelas próprias circunstâncias de vida e pela cultura na qual ele vive. Por isso é muito difícil conceituar o que é "normal" em termos da sexualidade.

O que se pode afirmar em relação a isso é que a normalidade sexual está relacionada ao fato da sexualidade ser compartilhada de forma que o casal esteja de acordo com o que é feito, sem caráter destrutivo para o indivíduo ou para o parceiro, e não afronta regras comuns da sociedade em que se vive.

A anormalidade pode ser definida quando há uma fixação em determinada forma de sexualidade ou em determinada pessoa, ou ainda quando a pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer.  

A anormalidade pode ser definida quando:

1-      Há uma fixação em determinada forma de sexualidade;

2-       A pessoa não consegue desfrutar de outras formas de prazer, como, por exemplo, no voyeurismo em que só consegue obter prazer ao masturbar-se, observando pessoas sem o consentimento delas;

3-      A pessoa não consegue ter relacionamento sexual com outras pessoas.

Mas o fato é que há uma variedade de desvios de conduta sexual que mostram, enfim, que as sociedades antigas, especialmente a sociedade romana, foi tão doente como é adoecida a sociedade atual.  

 

Aprendemos com os antigos as práticas sexuais desviadas, ou adoecidas, em suas condutas enquanto ações na busca de dar e receber amor?

 

Uma parafilia (do grego παρά, para, "fora de",e φιλία, philia, "amor") é um padrão de comportamento sexual no qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual.

 

Ver a lista em http://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia

 

1-      Exibicionismo: É um desvio sexual manifestado pelo desejo incontrolável de obter satisfação sexual no fato puro e simples de exibir os órgãos genitais a outros;

 

2-      Frotteurismo: Excitação sexual resultante da fricção dos órgãos genitais no corpo de uma pessoa completamente vestida, no meio de outras pessoas, como nos trens, ônibus e elevadores;

 

3-      Masoquismo: Tendência ou prática parafílica, pela qual uma pessoa busca prazer ao sentir dor ou imaginar que a sente. Em um sentido extenso pode-se considerar como masoquismo também a forma de prazer com a humilhação verbal;

 

4-      Sadismo: Denota a excitação e prazer provocados pelo sofrimento alheio;

 

5-      Voyeurismo: É uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas;

 

6-      Zoofilia: Parafilia definida pela atração ou envolvimento sexual de humanos com animais de outras espécies;

 

7-      Necrofilia: Parafilia caracterizada pela excitação sexual decorrente da visão ou do contato com um cadáver. O fenômeno da necrofilia é conhecido desde os mais remotos tempos da história humana, podendo ainda hoje ser observado como costume comum (às vezes até sacralizado) em certas tribos africanas e asiáticas;

 

8-      FIST FUCK, FISTING OU FIST FUCKING: É uma prática sexual que envolve a inserção da mão (brachio vaginal) ou antebraço no ânus (brachio procticus);

 

9-      Bondage: É um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração;

 

10-   Corpofilia ou Excrementofilia: Prazer durante a evacuação ou através da manipulação das fezes;

 

11-   Apotemnofilia: É uma parafilia caracterizada pelo desejo de se ver amputado em uma ou mais partes do corpo;

 

12-   Emetofilia: É a excitação obtida com o ato de vomitar ou com o vomito de outro. Também conhecido como "banho romano" a prática pode se estender para um outro tipo de parafilia denominada "Emetofagia" nesse caso a excitação é obtida através do ato de comer ou ingerir vômito, o que geralmente é recíproco de ambos os parceiros dessa prática.

 

 


 

O sexo entre um casal deve ter limites?
Sim. Tudo deve ter limites principalmente no sexo
Não. Casais que se gostam fazem sexo sem limites
Depende do momento e do envolvimento do casal
É complicado...
Variar é saudavel mas deve-se respeitar o outro
Votar
resultado parcial...


E para encerrar esse breve tour psicanalítico, embora considere que não foi possível falar sobre alguns pontos principais sobre esse assunto tão complexo, encerro o post com uma

crônica de Luiz Fernando Veríssimo.

 

  

Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes. Nunca tinha entendido isso de 'Marte e Vênus'. E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.

 

Uma noite, semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama.

Bom, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior 'T' e, nesse momento, ela parou e me disse:

 

- Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...

Eu falei:- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEÊ???

Ela falou, “Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher”.

 

Comecei a pensar no que podia ter falhado. No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.

 

No dia seguinte, fomos ao shopping.  Entramos em uma grande loja de departamentos... Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos.  Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os três.  Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem a R$ 200,00 cada par.  

Respondi que tudo bem. Depois fomos a seção de joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes. Estava tão emocionada!! Deveria estar pensando que fiquei louco.  Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga.  Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim.  Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso.

 

Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz!  Quando ela falou: - Vamos passar no caixa para pagar, amor?  Daí eu disse: - Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem...  Só quero que você me abrace!!!   Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara  de querer me matar, falei: - Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem.

 

Vinguei-me... mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2010.

 

Fotos captadas no Google Imagens, expostas na net

 

Pesquisa:

O Espírito na Saúde, Editora Vozes

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?388

 

http://rogerrodrigues.wordpress.com/2009/06/16/

 

http://falandonaquilo.blogtv.uol.com.br/2009/07/16/comportamento-sexual-compulsivo-e-toc-transtorno-obsessivocompulsivo

 

http://www.achetudoeregiao.com.br/sexo/sexualidade_infantil.htm

 

http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI156761-EI1517,00.html

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia

 

 

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