por Keila, a Loba, em 14.05.06
QUANDO O INSTINTO MATERNO DEFINE O VIVER E O MORRER
História verídica, Série Instinto - Fantástico
Jennifer era casada com Paul, tinha três filhos e morava em Montreal, Canadá, em uma espaçosa e aconchegante casa de madeira. A família gostava de estar em contato com a natureza, por isso costumavam relaxar e contemplar as lindas paisagens canadenses enquanto acampavam na floresta.
Era fim de semana e a família havia programado armar o acampamento em um lindo trecho coberto por mata nativa, local preferido por várias famílias, que ali se encontravam para contemplar as belezas da terra e as estrelas do céu. Porém, para fechar um projeto de trabalho, Paul precisou retornar com urgência ao escritório minutos antes da saída para o acampamento, tendo que deixar mãe e filhos partirem desacompanhados.
Mochilas e suprimentos organizados, Jennifer pegou as crianças e seguiram à cavalo para o destino planejado. Eles caminhavam lentamente e atrasados em relação a uma outra família, que também se dirigia para o mesmo local. Porém, em dado trecho de mata, um puma atacou o caçula da família ferindo-o na cabeça e atirando-o ao chão.
Vendo o filho pequenino caído e ameaçado pelo animal, a mãe pulou do cavalo em que montava absolutamente dominada pelo instinto materno. Sem que pudesse perder segundos preciosos que significavam a vida ou a morte do filho, sem que tivesse tempo para raciocinar, Jennifer entrou em combate com o puma enquanto gritava orientando aos dois outros filhos que levassem o irmão para casa e trouxessem a ajuda necessária.
Os filhos obedeceram. Restou ali uma mãe indefesa ao lado de um animal perigoso, duas criaturas tão singulares lutando pela sobrevivência, travando um combate incomum naquele trecho de mata. Era o instinto maternal contra o instinto animal.
Duas horas mais tarde, Paul e os paramédicos chegaram para socorrer Jennifer. Ela foi encontrada ainda com vida, mas seu corpo franzino e pequeno também havia deixado marcas no puma, que estava ferido e caído ao chão.
A mãe Jennifer só teve vida disponível para saber do filho, se estava bem, se havia sido medicado e se corria risco de vida. Logo que o marido respondeu suas inquietações e tranqüilizou-a, Jennifer sorriu aliviada, suspirou e partiu abraçada ao marido. Havia dado a sua vida para defender a vida do filho. Morreu em paz e feliz.
Desejo-lhe a paz tão sonhada nesse coração materno.
Que Deus ilumine a minha mãe, Ruth, onde quer que esteja agora.
Que o Senhor Deus escute, oriente e abençoe todas as mães, se vivas estiverem, se mortas, se desempregadas, encarceradas, viciadas, prostituídas, abandonadas, criminosas, doentes, solitárias, vazias de sonho e largadas à própria sorte...
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